sábado, 20 de dezembro de 2008

tira-me do rosto a dor, que guardo nos poros, que visto todos os dias.
lava-me o rosto puído, já gasto, sem expressão,
lava-me o rosto,
amor, devagar,
que sangue já não tenho para deitar,
beija-me o rosto, todo o rosto, num canto bíblico, num ritual cíclico,
com amor que nunca tive. cobre-me o rosto, se couber todo o rosto,
com a tua mão,
esconde-mo por favor que há vergonha (a minha cara que sonha),
por favor! que há desgosto, com a tua pulsação.

Nenhum comentário:

letra

  • Antes que Anoiteça - Reinaldo Arenas
  • A Raposa Azul - Sjón
  • o ano da morte de ricardo reis - José Saramago
  • estorvo - Chico Buarque
  • Lavoura Arcaica - Raduan Nassar
  • o rei peste - Edgar Allan Poe
  • dom casmurro - Machado de Assis
  • a subjectividade por vir - Slavoj Zizek
  • a campânula de vidro - Sylvia Plath
  • o assalto - Reinaldo Arenas
  • xix poemas - e.e. cummings
  • Vigílias - Al Berto
  • pastagens do céu - John Steinbeck
  • Pela Água - Sylvia Plath
  • Budapeste - Chico Buarque
  • O homem duplicado - José Saramago
  • O nome da rosa - Humberto Eco
  • O retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde
  • 1984 - George Orwell
  • Ariel - Sylvia Plath
  • Mrs Dalloway - Virginia Woolf