quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Dissecação


O ferver do sangue dá-me as células
Dá-me a água quente que me acorda os sentidos
Me aquece os fluidos os glóbulos os componentes
A ebulição das substâncias fazem-me chorar
São lágrimas de ácido a corrosão
São buscas de respostas sem solução
Porque os músculos não existem: simples filamentos
A força não é mais do que uma simples invenção
Os corpos celulares os axónios os dendritos
São a expressão da minha alma os gritos
Do que tenho na cabeça e não conto
São a cesura do espírito e do corpo
São a dor a paixão e o sexo
Tudo no meu corpo é um mero pretexto

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letra

  • Antes que Anoiteça - Reinaldo Arenas
  • A Raposa Azul - Sjón
  • o ano da morte de ricardo reis - José Saramago
  • estorvo - Chico Buarque
  • Lavoura Arcaica - Raduan Nassar
  • o rei peste - Edgar Allan Poe
  • dom casmurro - Machado de Assis
  • a subjectividade por vir - Slavoj Zizek
  • a campânula de vidro - Sylvia Plath
  • o assalto - Reinaldo Arenas
  • xix poemas - e.e. cummings
  • Vigílias - Al Berto
  • pastagens do céu - John Steinbeck
  • Pela Água - Sylvia Plath
  • Budapeste - Chico Buarque
  • O homem duplicado - José Saramago
  • O nome da rosa - Humberto Eco
  • O retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde
  • 1984 - George Orwell
  • Ariel - Sylvia Plath
  • Mrs Dalloway - Virginia Woolf