Os meus filhos nascem de uma árvore perdida
como frutos nascem de um ventre profundo uma mão
telúrica que se arrasta desde a saliva da terra desde a seiva
a bebida amniótica que alguém nos deu a provar.
Os meus filhos são mutantes num mundo que não semeia
árvores são cegos da boca onde não cabe o elixir
são cegos como alguém que lhes deu olhos frutos
secos que não conseguem ser origem. Os meus filhos são
viagens que nunca conheceram caminhos raízes sufocadas
raízes afogadas em lágrimas e sangue. Os meus filhos caçadores
de uma palavra inexistente por inventar Inverno ou qualquer estação.
Os meus filhos. Artérias de um coração a hibernar.
como frutos nascem de um ventre profundo uma mão
telúrica que se arrasta desde a saliva da terra desde a seiva
a bebida amniótica que alguém nos deu a provar.
Os meus filhos são mutantes num mundo que não semeia
árvores são cegos da boca onde não cabe o elixir
são cegos como alguém que lhes deu olhos frutos
secos que não conseguem ser origem. Os meus filhos são
viagens que nunca conheceram caminhos raízes sufocadas
raízes afogadas em lágrimas e sangue. Os meus filhos caçadores
de uma palavra inexistente por inventar Inverno ou qualquer estação.
Os meus filhos. Artérias de um coração a hibernar.
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