
a morte:
primeiro minuto
Neptuno ou outro planeta, luz azul ao fundo,
os meus pés são dois arados
enferrujados,
já só sinto um leve torpor, o ardor dos outros anos
já não tem lenha. Venha
neptuno ou outro,
que, com alvéolos brancos e limpos,
consiga ligar novamente todos os meus pedaços, façanha
menor, os remendos são usados. Verdadeiramente,
não vem ninguém. aqui estou submerso,
nesta linha tão fina, desfiz a bainha
do tempo, desse tempo perverso,
que vasculha as minhas entranhas,
é estranha a comida que pede.
Já não quero saber, neptuno, plutão, ou outro,
Outro qualquer, satélites talvez, algum que seja,
pequeno, não faz mal. Talvez tenha ainda solução,
lenha, não, não, não suporto mais
Arder.
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