segunda-feira, 28 de setembro de 2009

a máquina
não somos assim, simples, simples sim os comportamentos,
os cemitérios, as somas, simples, os critérios
para a solução. nós não somos assim, tão sérios ou descontentes,
não, a solução para tudo é uma questão, ou melhor, talvez,
uma emancipação de todo o tipo de saber, uma alucinação,
ou loucura de vez, que é a verdadeira razão, ou então.
somos nós desmaiados na superfície dos barcos,
desmaiada também, somos uma coisa heterogénea, gémea, ou então,
uma máquina desactivada, desmaiados, macho, fêmea,
ou aquilo que morre, que dá pena, está parada,
perdida numa praia infernal, ou aquilo que dói,
uma palavra, uma cena, que nem é voz, desmaiada,
afinal. é uma empena, um corte, um choque, que rói
a última parte que é nossa, que se merece, sem ideologia:
natural.

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letra

  • Antes que Anoiteça - Reinaldo Arenas
  • A Raposa Azul - Sjón
  • o ano da morte de ricardo reis - José Saramago
  • estorvo - Chico Buarque
  • Lavoura Arcaica - Raduan Nassar
  • o rei peste - Edgar Allan Poe
  • dom casmurro - Machado de Assis
  • a subjectividade por vir - Slavoj Zizek
  • a campânula de vidro - Sylvia Plath
  • o assalto - Reinaldo Arenas
  • xix poemas - e.e. cummings
  • Vigílias - Al Berto
  • pastagens do céu - John Steinbeck
  • Pela Água - Sylvia Plath
  • Budapeste - Chico Buarque
  • O homem duplicado - José Saramago
  • O nome da rosa - Humberto Eco
  • O retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde
  • 1984 - George Orwell
  • Ariel - Sylvia Plath
  • Mrs Dalloway - Virginia Woolf