domingo, 20 de setembro de 2009


a noite pára e já não a sei de outra forma,
interminavelmente como ruídos na minha pele,
depois de adormecer. como se morrer fosse
só mais um minuto e depois acabasse.
debaixo de um lençol, escondida atrás de uma porta,
cansada, à sombra de uma árvore. vejo-a, sempre,
é uma lente, é a lente pela qual consigo
manter-me dentro de mim mesmo.
espera-me,
inesperadamente, porque o mistério que contém
não é mais do que ser surpresa, não é mais
do que um alívio do peso que é ser.



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letra

  • Antes que Anoiteça - Reinaldo Arenas
  • A Raposa Azul - Sjón
  • o ano da morte de ricardo reis - José Saramago
  • estorvo - Chico Buarque
  • Lavoura Arcaica - Raduan Nassar
  • o rei peste - Edgar Allan Poe
  • dom casmurro - Machado de Assis
  • a subjectividade por vir - Slavoj Zizek
  • a campânula de vidro - Sylvia Plath
  • o assalto - Reinaldo Arenas
  • xix poemas - e.e. cummings
  • Vigílias - Al Berto
  • pastagens do céu - John Steinbeck
  • Pela Água - Sylvia Plath
  • Budapeste - Chico Buarque
  • O homem duplicado - José Saramago
  • O nome da rosa - Humberto Eco
  • O retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde
  • 1984 - George Orwell
  • Ariel - Sylvia Plath
  • Mrs Dalloway - Virginia Woolf