de ouro eu oiço vozes que palpitam
em cima dos meus ombros folgando o meu peso
e o peso de todas as palavras que existem
de mim escapa uma fúria incolor um fruto qualquer
sem qualquer odor que escondo num lugar remoto
a minha vergonha é agora também uma escarpa assim
densa imensa uma sentença suspensa em mim
no lugar que todos os órgãos deviam ocupar
de ouro é o ar que me ocupa o espaço
por dentro comendo-me sem reservas o calor
sem filtro vácuo engrenagem motor ou velocidade
entre mim e eu próprio não existe qualquer intimidade.
letra
- Antes que Anoiteça - Reinaldo Arenas
- A Raposa Azul - Sjón
- o ano da morte de ricardo reis - José Saramago
- estorvo - Chico Buarque
- Lavoura Arcaica - Raduan Nassar
- o rei peste - Edgar Allan Poe
- dom casmurro - Machado de Assis
- a subjectividade por vir - Slavoj Zizek
- a campânula de vidro - Sylvia Plath
- o assalto - Reinaldo Arenas
- xix poemas - e.e. cummings
- Vigílias - Al Berto
- pastagens do céu - John Steinbeck
- Pela Água - Sylvia Plath
- Budapeste - Chico Buarque
- O homem duplicado - José Saramago
- O nome da rosa - Humberto Eco
- O retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde
- 1984 - George Orwell
- Ariel - Sylvia Plath
- Mrs Dalloway - Virginia Woolf
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