quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

de ouro eu oiço vozes que palpitam
em cima dos meus ombros folgando o meu peso
e o peso de todas as palavras que existem
de mim escapa uma fúria incolor um fruto qualquer
sem qualquer odor que escondo num lugar remoto
a minha vergonha é agora também uma escarpa assim
densa imensa uma sentença suspensa em mim
no lugar que todos os órgãos deviam ocupar
de ouro é o ar que me ocupa o espaço
por dentro comendo-me sem reservas o calor
sem filtro vácuo engrenagem motor ou velocidade

entre mim e eu próprio não existe qualquer intimidade.

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letra

  • Antes que Anoiteça - Reinaldo Arenas
  • A Raposa Azul - Sjón
  • o ano da morte de ricardo reis - José Saramago
  • estorvo - Chico Buarque
  • Lavoura Arcaica - Raduan Nassar
  • o rei peste - Edgar Allan Poe
  • dom casmurro - Machado de Assis
  • a subjectividade por vir - Slavoj Zizek
  • a campânula de vidro - Sylvia Plath
  • o assalto - Reinaldo Arenas
  • xix poemas - e.e. cummings
  • Vigílias - Al Berto
  • pastagens do céu - John Steinbeck
  • Pela Água - Sylvia Plath
  • Budapeste - Chico Buarque
  • O homem duplicado - José Saramago
  • O nome da rosa - Humberto Eco
  • O retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde
  • 1984 - George Orwell
  • Ariel - Sylvia Plath
  • Mrs Dalloway - Virginia Woolf