quinta-feira, 24 de junho de 2010


há uma folha branca diante dos meus olhos.
há uma distância que eu não consigo percorrer,
um alcance que não tenho.
que horas são?
parece que os ponteiros estão aqui,
ruminando qualquer coisa que ainda não está sólida,
pêndulos na minha cabeça, nos meus braços,
quantos tenho?
no meu corpo a maré arrasta a noite remanescente,
árvores submarinas, os meus pulmões,
pétalas caídas no fundo de um saco.
a manhã é uma camisola,
um estado em que me encontro,
como palavras pesquisadas num dicionário,
sem sentido nenhum, depois.

Nenhum comentário:

letra

  • Antes que Anoiteça - Reinaldo Arenas
  • A Raposa Azul - Sjón
  • o ano da morte de ricardo reis - José Saramago
  • estorvo - Chico Buarque
  • Lavoura Arcaica - Raduan Nassar
  • o rei peste - Edgar Allan Poe
  • dom casmurro - Machado de Assis
  • a subjectividade por vir - Slavoj Zizek
  • a campânula de vidro - Sylvia Plath
  • o assalto - Reinaldo Arenas
  • xix poemas - e.e. cummings
  • Vigílias - Al Berto
  • pastagens do céu - John Steinbeck
  • Pela Água - Sylvia Plath
  • Budapeste - Chico Buarque
  • O homem duplicado - José Saramago
  • O nome da rosa - Humberto Eco
  • O retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde
  • 1984 - George Orwell
  • Ariel - Sylvia Plath
  • Mrs Dalloway - Virginia Woolf