
as portas estalam
e são as entranhas do silêncio
que habitam nesta casa.
não há magia nas janelas
elas dão para dentro
para um caos
inteligentemente ordenado.
há uma pergunta sôfrega
em cada minuto
escondida no gotejar da torneira
presa
no interior da ferida.
a chuva cai como um choro
de lágrimas pálidas
olhos sem sentido
observam os objectos
em teatro. lento
o vazio é um movimento
fugaz
didascália esquecida
no caminho
da sala para o quarto.
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