quinta-feira, 25 de março de 2010



as portas estalam
e são as entranhas do silêncio
que habitam nesta casa.
não há magia nas janelas
elas dão para dentro
para um caos
inteligentemente ordenado.
há uma pergunta sôfrega
em cada minuto
escondida no gotejar da torneira
presa
no interior da ferida.
a chuva cai como um choro
de lágrimas pálidas
olhos sem sentido
observam os objectos
em teatro. lento
o vazio é um movimento
fugaz
didascália esquecida
no caminho
da sala para o quarto.

Nenhum comentário:

letra

  • Antes que Anoiteça - Reinaldo Arenas
  • A Raposa Azul - Sjón
  • o ano da morte de ricardo reis - José Saramago
  • estorvo - Chico Buarque
  • Lavoura Arcaica - Raduan Nassar
  • o rei peste - Edgar Allan Poe
  • dom casmurro - Machado de Assis
  • a subjectividade por vir - Slavoj Zizek
  • a campânula de vidro - Sylvia Plath
  • o assalto - Reinaldo Arenas
  • xix poemas - e.e. cummings
  • Vigílias - Al Berto
  • pastagens do céu - John Steinbeck
  • Pela Água - Sylvia Plath
  • Budapeste - Chico Buarque
  • O homem duplicado - José Saramago
  • O nome da rosa - Humberto Eco
  • O retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde
  • 1984 - George Orwell
  • Ariel - Sylvia Plath
  • Mrs Dalloway - Virginia Woolf